29.8.06
26.8.06
Poesia

Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da madrugada.
Tu eras água.
Água do mar se te beijava.
Alta torre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.
Eras o fruto nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar ou voar, podíamos morrer.
Mas do nome que maio decorou,
nem a cor nem o gosto me ficou
"Eugenio de Andrade"
23.8.06
Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest - Trailer
Um filme com Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley que espero ver brevemente em DVD. Só espero que seja tão divertido como o primeiro. |
22.8.06
ISTO

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.Sentir?
Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
18.8.06
Paixão

São as nossas paixões que nos irritam contra as dos outros; é o nosso próprio interesse que nos leva a odiar os maus; se estes não nos fizessem nenhum mal, sentiríamos por eles mais piedade que ódio. O mal que os maus nos fazem leva-nos a esquecer o mal que se fazem a si mesmos. Perdoar-Ihes-íamos com mais facilidade os seus vícios se pudéssemos saber quanto os seus próprios corações os castigam. Sentimos a ofensa e não vemos o castigo; as vantagens são aparentes, o sofrimento é interior. Aquele que crê gozar do fruto dos seus vícios não se sente menos atormentado do que se o não tivesse conseguido; o objecto muda mas a inquietação é a mesma; por mais que evidenciem a sua fortuna e escondam o seu coração, o seu comportamento demostra-o, mesmo sem que o queiram: mas, para nos apercebermos disso, é preciso que não tenhamos um coração semelhante.
As paixões que nos dividem seduzem-nos; as que chocam os nossos interesses revoltam-nos, e, por uma inconsequência que nos vem delas, criticamos nos outros o que desejaríamos imitar. A aversão e a ilusão são inevitáveis, quando somos obrigados a suportar, por parte de outrém, o mal que faríamos se estivéssemos no lugar dessa pessoa. Então, que seria preciso para bem observar os homens? Um grande interesse em conhecê-Ios, uma grande imparcialidade ao julgá-los, um coração bastante sensível para conceber todas as paixões humanas e suficientemente calmo para não as experimentar.
Jean-Jacques Rousseau, in 'Emílio'
16.8.06
Tristeza

Estou de rastos. Até hoje conseguia disfarçar as minhas mágoas do meu "Tesouro" mas estou tão em baixo que só faço agora é chorar. Que se passa comigo? Sempre escondi os meus sentimentos fazendo-me de forte mas já não aguento mais. Estou a chegar ao fim das minhas forças. Penso que estou a começar a desesperar e porquê? Existem pessoas bem piores que eu. Estarei a ficar complexada. Talvez. Será talvez as férias que me fazem mal.Estou desejosa de começar a trabalhar e tentar esquecer pelo menos naquelas horas de tudo o que me assombra.
Desculpem o desabafo, mas foi a maneira que encontrei de "Explodir"